Gostaria de lhes apresentar um poema de minha autoria: O
viandante sobre o mar de névoa, inspirado na pintura homônima de Caspar David Friedrich (Der Wanderer über Nebelsee)
(meu objetivo foi mostrar a mudança que se passa no espírito do eu-poético quando ele está no topo da montanha e vai mudando conforme vai descendo e chega a seu lar)
(meu objetivo foi mostrar a mudança que se passa no espírito do eu-poético quando ele está no topo da montanha e vai mudando conforme vai descendo e chega a seu lar)
Dedicado àquelas almas
repletas de vida interior que amam o pensar e temem o agir, mas diante da
Natureza vêem seus rancores sublimar.
O pálido rapaz em negros trajes
Após horas caminhando
E contemplando a natureza selvagem
Finalmente ao topo do monte chega
Era uma tarde de outono
E a névoa delicadamente
Cobria das montanhas o corpo
Como o lençol a cama veste
O jovem, outrora sonhador,
Hoje precocemente amargo e desgostoso
Àquele espetáculo vislumbrava
Revivendo antigos devaneios
A perdida noção de religiosidade
Renascia na percepção aterradora
De sua pequenez e fragilidade
Diante do divino e imponente cenário
Em seu coração ressurgiam
Os bons sentimentos, o amor
Lembrando-se de quantas
Beldades se enamorou
O ódio aos seus semelhantes
Foi parcialmente esquecido
E de repente lhe assalta a ideia
De que são todos seus irmãos
Sentia-se próximo do céu
O mar de névoa ajudava
A confirmar a impressão
De seus delicados sentidos
De súbito a angústia
Em seu nobre peito
Toma o lugar da paz: Escurece!
E já é hora de voltar
Refazendo o caminho de volta
Sua mente confusa é novamente
Dominada pelo rancor
E asco ao que é humano
-Tudo o que conquistei e fiz
Foi sozinho, dependente apenas de minha
Vontade e esforço: de Deus nunca precisei.
Durante vinte anos eu fui meu próprio deus
Quanto àquelas ingratas criaturas
Ofereci meu coração, minha juventude,
Beleza, espírito e atenção,
Mas só souberam de mim zombar
Ao ouvir o longínquo uivar dos lobos
Recordo-me: Homo homini lupus
E lembro-me de cada indíviduo
Que me prejudicou e me tentou derrubar
Para longe de mim o amor, a piedade,
A gentileza e os parvos sorrisos
Que neste mudo pude ver
Que não passavam de mera hipocrisia
O egoísmo e o isolamento restam-me
Como as últimas armas de quem
Só conseguiu ser aniquilado, desprezado
E desacreditado por seus iguais
E de volta a meu lar,
Eu abro a porta, pois moro sozinho, ou melhor:
Quase – Divido o teto com o único
Que me entende, ama e compreende: Mephisto, meu terrier!
Você é muito culta e além de tudo é poetisa. Se eu fosse um Sir, casava com a senhorita!
ResponderExcluirBeijos, Ich liebe dich. É a única coisa que eu sei falar em alemão e não sei se está certo, não repare, foi com carinho :)
Ich liebe dich auch! (Te amo também!!!)
ExcluirSou péssima poetisa, mas tento! E postei o poema da Princesa Schabat que a Srta. pediu!
Obrigada!
Beijos!