quarta-feira, 15 de junho de 2011

Faust, de F. W. Murnau, 1926

O filme em questão, apesar de ser uma adaptação do clássico Fausto de Johann Wolfgang von Goethe, é a adaptação definitiva, pois capta a essência do livro.

Tanto Goethe quanto Murnau exaltam o otimismo em relação ao humano: desde que haja amor -Liebe!- haverá salvação.

É o segundo filme de Murnau que assisto, depois do seu famigerado Nosferatu tao maravilhoso quanto Faust.

Ao ler o nome de Emil Jannings como Mephisto sabia já haver ouvido esse nome: é o professor Rath d' O anjo azul, que contracena com a jovem Marlene Dietrich. Percebemos o imenso talento do ator ao assistir os dois filmes, pois num filme mudo e outro já com fala e em papeis completamente diferentes (o demoníaco Mephisto e o tímido e inocente Professor), demonstrando toda sua versatilidade.

Infelizmente, Herr Jannings envolveu-se com o regime Nazista fazendo inúmeros filmes de propaganda, o que fez com que não conseguisse mais atuar após a 2a Guerra Mundial, uma pena!

Camilla Horn faz uma doce Gretchen, com um rostinho típico das atrizes dos anos 1920, talvez pela maquiagem, e Gösta Eckman um belíssimo e convincente Fausto, esbanjando juventude após o pacto com Mefistófeles (pelo menos nesse ponto o pacto valeu a pena!).

O filme possui fotografia com permanente jogo de luz e sombra, demonstrando visualmente a dicotomia deus X demônio, céu X inferno. Magnífico.

Deixo-vos algumas belas imagens desse filme e um -precioso- link para que os senhores assistam ao filme, agora mesmo se possível.

Saudações,
Carolina M.

Assista ao filme no YouTube



















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