A partir do romance de Goethe As afinidades eletivas (Die Wahlverwandtschaften, 1809), o filme dos irmãos Paolo e Vittorio Taviani recria a bela história do casal Carlotta (Isabelle Huppert) e Edoardo (Jean-Hugues Anglade) que descobre novas relações afetivas com dois conhecidos que se tornam hóspedes de sua casa de campo: Ottillia (Marie Gillain) e Ottone (Fabrizio Bentivoglio).
Para começar, o que vem a ser uma “afinidade eletiva”? Este termo vem das Ciências Naturais, e Goethe, como muitos eruditos de sua época não se detinham a estudar apenas sua Arte, a Literatura em seu caso, mas também Ciências, Filosofia, Política. Devemos lembrar dos estudos de Goethe que o fizeram criar inclusive uma Teoria das cores.
Afinidade eletiva é uma propriedade dos elementos tem de se unirem de acordo com afinidades, que se desfazem na possibilidade de uma união com outros elementos com os quais possuem maior afinidade. Exemplo visual:
AB + CD → AD + BC
A é par de B. C é par de D. Aparentemente estão em equilíbrio, mas quando os quatro elementos se juntam, percebe-se que A deixa B e se une a D por ter mais afinidade a D que a B. C cria uma nova união com B pelo mesmo motivo.
Assim, desfazem-se as relações iniciais e formam-se novas uniões.
Isso ocorre com os dois casais da história, há uma troca afetiva de casais, Carlotta apaixona-se por Ottone, amigo de seu marido, e Edoardo apaixona-se por Ottilia, jovem órfã criada por Carlotta, e que estuda num colégio interno. O casal principal descobre novas afinidades e semelhanças que não possuíam entre si mas possuem com seus novos pares.
Apesar de atentarem para a obviedade das afinidades cruzadas, os personagens preferem optar por dissimulá-las e tocar a vida como se nada tivesse acontecido. Entretanto, nada voltará a ser como era antes, pois a vida dos quatro desventurados personagens mudara para sempre.
O clima de angústia presente nos corações dos quatro personagens nos contagia, e a melancolia reinante nas cenas nos oprime, o que torna o filme altamente catártico, além do tema, que aborda dilemas sociais ainda hoje difíceis de serem superados por muitos casais.
A delicadeza com que o tema é tratado, os belos cenários e figurinos, as doces trocas de olhares entre os personagens, a melancólica trilha sonora, tudo contribui para tornar o filme maravilhoso. Fora o fato de que tem por base um romance do grandioso Goethe, que ainda não li ainda mas pretendo fazê-lo as soon as posible (o problema é esse ‘possible’!).
Link para o filme no YouTube (Tem o filme completo composto de 10 partes no site.)
Para começar, o que vem a ser uma “afinidade eletiva”? Este termo vem das Ciências Naturais, e Goethe, como muitos eruditos de sua época não se detinham a estudar apenas sua Arte, a Literatura em seu caso, mas também Ciências, Filosofia, Política. Devemos lembrar dos estudos de Goethe que o fizeram criar inclusive uma Teoria das cores.
Afinidade eletiva é uma propriedade dos elementos tem de se unirem de acordo com afinidades, que se desfazem na possibilidade de uma união com outros elementos com os quais possuem maior afinidade. Exemplo visual:
AB + CD → AD + BC
A é par de B. C é par de D. Aparentemente estão em equilíbrio, mas quando os quatro elementos se juntam, percebe-se que A deixa B e se une a D por ter mais afinidade a D que a B. C cria uma nova união com B pelo mesmo motivo.
Assim, desfazem-se as relações iniciais e formam-se novas uniões.
Isso ocorre com os dois casais da história, há uma troca afetiva de casais, Carlotta apaixona-se por Ottone, amigo de seu marido, e Edoardo apaixona-se por Ottilia, jovem órfã criada por Carlotta, e que estuda num colégio interno. O casal principal descobre novas afinidades e semelhanças que não possuíam entre si mas possuem com seus novos pares.
Apesar de atentarem para a obviedade das afinidades cruzadas, os personagens preferem optar por dissimulá-las e tocar a vida como se nada tivesse acontecido. Entretanto, nada voltará a ser como era antes, pois a vida dos quatro desventurados personagens mudara para sempre.
O clima de angústia presente nos corações dos quatro personagens nos contagia, e a melancolia reinante nas cenas nos oprime, o que torna o filme altamente catártico, além do tema, que aborda dilemas sociais ainda hoje difíceis de serem superados por muitos casais.
A delicadeza com que o tema é tratado, os belos cenários e figurinos, as doces trocas de olhares entre os personagens, a melancólica trilha sonora, tudo contribui para tornar o filme maravilhoso. Fora o fato de que tem por base um romance do grandioso Goethe, que ainda não li ainda mas pretendo fazê-lo as soon as posible (o problema é esse ‘possible’!).
Link para o filme no YouTube (Tem o filme completo composto de 10 partes no site.)
Carlotta e Edoardo
Edoardo, Carlotta e Ottone
Ottone, Carlotta, Ottilia e Edoardo
Acho que seus tipos de 'post' precisam de uma diagramação diferente. É ruim ler o texto todo sobre um filme e depois ver um monte de figuras dele, é possível que algumas pessoas nem cheguem à parte das imagens, e o campo de comentário fica ainda mais distante. Não sei mexer em diagramação de blogues, mas acho que seu blog ganharia bastante com uma diagramação mais equilibrada.
ResponderExcluirForma e conteúdo também têm suas afinidades eletivas.
Enfim, são sugestões.
Boas férias!
Jonathan
Bm, estando "do lado de cá" eu nao tenho a mesma visao dos meus leitores, entao sugestoes sao bem vindas.
ResponderExcluirEu sempre faco assim, pois filmes tem apelo visual, e eu achava que ficaria chato uma postagem sobre filmes com muito texto e pouca figura. Quanto a diagramacao, sempre publico morrendo de pressa, o que explica o visual "pseudodespojado" do blog!
Ferias? #NOT ainda falta muito!
Saudacoes