Nunca senti isso antes. É
algo, puro, bom, sublime, que me dá paz interior e coragem para continuar
vivendo. O que sinto por ele é precioso e especial.
Nenhum outro jamais conseguiu
me despertar tal sensação. É a eterna vontade de estar junto, de conversar, de
rir e olhar nos olhos do amado. É a viciante sensação de desejar sempre sentir
as emanações da alma do outro.
Amor? Talvez seja, mas não com
as hiperbólicas metáforas dos poetas de outrora, mas com a poética simplicidade
das canções de Jazz:
‘Fill my heart with song
And let me sing for ever more
You are all I long for
All I worship and adore
In other words, please be true
In other words, I love you’
É o sentimento que me fornece
a motivação de que preciso para dormir e acordar todos os dias (isso quando ele
ainda não me visita em sonho).
Não me confesso por não querer
correr o risco de perder ou mudar uma amizade tão preciosa, que cultivo com esmero,
como a uma delicada e bela orquídea. Calo-me por preferir a dúvida à certeza de uma possível rejeição
cuja dor temo não suportar.
Enquanto isso, a cada dia
renovo meu amor por ele, prometendo sempre a mim que, enquanto durar a chamar
nenhum outro me conseguirá tocar – seja no corpo ou na alma, ambos dele apenas.
Só quero que ele cante para
mim:
‘You’re the cream in my coffee
You're the salt in my stew;
You will always be my necessity--
I'd be lost without you.’
(Essa história se repete
milhões de vezes em cada milímetro da superfície de nosso planeta. É atemporal
e passível de acontecer com qualquer um de nós...)