Bonne lecture, mes amis!
Flor exótica
Feito o de um anjo místico e o de um belo animal,
Esses cabelos escuros, contrastam com o palor do torso,
Esses grandes olhos repousam em sua calma habitual.
Mas você não sabe se todo esse conjunto
De viçosa carne em cálice de aromas,
Vem do profundo do ser, ou só se estende à casca!
Não saberá jamais, a ciência é o mal!
Um alaúde entre os dedos, evitando o peso de um véu,
Deixe-a em sua alcova que a noite torna estrelada,
Das angústias do coração cantar o Réquiem.
Ela vem do Oriente onde o amor e o mistério
Não procuram senão o êxtase, e deixe-a calar,
O enigma feminino recendendo no harém.
Fleur exotique
Vous désirez ce corps langoureux dans la force,
Fait d’un ange mystique et d’un bel animal,
Ces cheveux bruns, contraste à la pâleur du torse,
Ces grands yeux reposant dans le calme normal.
Mais vous ne savez pas si toute cette amorce
De chair épanouie en calice aromal,
Vient du profond de l’être, ou ne tient qu’à l’écorce !
Ne le sachez jamais, la science est le mal !
Un luth entre les doigts, fuyant le poids d’un voile,
Laissez-la, dans la nuit du boudoir qu’elle étoile,
Des angoisses du cœur chanter le Requiem.
Elle vient d’Orient où l’amour est mystère.
N’y cherchez que l’extase, et laissez-la se taire,
L’énigme féminine aux senteurs de harem.
Armand Renaud
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