domingo, 27 de novembro de 2011

A beleza feminina ao longo das décadas - Parte I (1900-1950)

ANOS 00 e 10 O arquétipo da Gibson girl era seguido à risca: penteados volumosos e bem elaborados, maquiagem suave, cinturas finíssimas com o auxílio de corsets, vestidos longos e com gola mais alta (nessa época o decote não era a principal arma de sedução feminina) segundo a moda parisiense. Figuras longilíneas e de rosto delicado estavam em alta. As calças passam a ser utilizadas para o ciclismo somente. (Abaixo: beldade de 1905 e trajes femininos para ciclismo)

ANOS 20 No pós guerra, a mulher passa a usar roupas mais curtas, fumar e abusar da maquiagem, usar os cabelos curtos, à la garçonne ou bob, dum jeito mais masculinizado, demonstrando o começo de mudanças no papel feminino na sociedade. Os lábios eram pintados de carmim dando um formato de coração à boca, e os olhos esfumados dando ar dramático e misterioso às damas. Os corpos eram longilíneos e um pouco andróginos, os seios eram pequenos. As roupas tinham corte reto, sem valorizar as curvas femininas. Louise Brooks (abaixo, à esquerda) é o grande ícone da época. (Abaixo Louise Brooks e May Murray).

ANOS 30 Os cabelos continuam curtos, há predomínio de cachos, lábios são pintados de forma mais natural do que na década anterior, e as sobrancelhas são pintadas. As roupas de praia se popularizam, e as formas femininas passam a ser valorizadas, há aumento dos decotes em vestidos de noite. (Abaixo Marlene Dietrich)


ANOS 40 Os lábios superiores eram pintados longitudinalmente, para além dos limites naturais, dando um ar altivo e sensual. Os cabelos são mais longos, à altura dos ombros, com penteados sofisticados, com cachos e os chamados victorian rolls no alto da cabeça, no lugar da franja. O corpo feminino fica mais curvilíneo: seios fartos, cintura fina e coxas torneadas, dando um ar mais natural e sendo compatível com os vestidos mais rodados da época. (Abaixo, Betty Grable e Veronica Lake)

ANOS 50 Os cabelos cacheados adotam penteados mais naturais, e as tinturas loiras passam a ser as favoritas das mulheres da época. Lábios pintados de modo a deixar os contornos naturais em evidência e olhos delineados na pálpebra superior. A mulher dos anos 50 era curvilínea, feminina, sensual e ingênua ao mesmo tempo (como as pin-ups de Elvgren) com a ajuda dos vestidos de cintura alta, saia rodada e decote coração. (Abaixo Marilyn Monroe e Rita Hayworth)

Saudações,
Carolina Marx

domingo, 20 de novembro de 2011

A Morte e a Donzela

Caros Leitores e seguidores:

Após considerável hiato, escrevo novamente no meu querido blog, com uma tradução de um poema em alemão, Der Tod und das Mädchen (A Morte e a Donzela), de Matthias Claudius e que foi musicado por Franz Schubert em 1817. Essa temática é famosa nas pinturas dos Mestres do Renascimento Alemão, como uma alegoria da efemeridade da vida e da beleza.

Saudações,
Carolina Marx



Pinturas de Hans Baldung (c. 1484–1545)

Das Mädchen:

Vorüber, ach Vorüber,

geh’ Wilder Knochenmann!

Ich bin noch jung, geh’ lieber,

und rüre nicht mich an, und rüre nicht mich an.

Der Tod:

Gieb deine Hand du schön und zart Gebild,

bin Freund, und komm nicht zu strafen.

Sei gutes Muths! Ich bin nicht wild,

sollst sanft in meinen Armen schlafen.

-------------------------------------------------------------------------------

A Donzela:

Vá embora, ah vá embora,

selvagem esqueleto humano!

Ainda sou jovem, vá e é melhor

que não me toques, que não me toques.

A Morte:

Dê-me sua mão ó bela e delicada figura,

Sou amigo, e não venho para punir.

Tenha bom ânimo! Eu não sou feroz,

Tranquilamente você dormirá em meus braços!


Assistir no Youtube o Lied de Schubert na voz de Christa Ludwig